fevereiro 27, 2007

»recordações / esperanças«

o que me resta e + as esperanças targetadas
porquê ?
onde estão as minhas recordações ?
como viverei sem esperanças ?
como foi possível este irreal viver ?
olhando tudo aquilo que me resta ?
punhais cravados na minha memória
e eu incapaz, sem o poder evitar
recordações, amorfas, mutiladas
inseridas, laceradas, entranhadas
recordo o silencio dos silêncios
das vivências inquietas sem acção
devastações em rastros perversos
de ódios e invejosas ganâncias
sacrificado das místicas utopias
das inocentes ilusões incontidas
e os amores, cruéis amores
confiar em volúveis sentimentos
amar, totalmente os rotos mantos
cobrindo mentes frias traiçoeiras
esperanças com tais desenganos ?
como sentir o fogo da esperança
se até a própria Lua me ignora
e as quimeras me consomem
sereias amordaçadas já não cantam
auguro para mim inquietações
clamando para ti onde tiveres
num chamar das entranhas saído
serei feliz, serei e não perdido
contigo como e quando tu quiseres
poema e foto: poetaeusou

fevereiro 26, 2007

»»» de quando em vez «««

»»»» tens sede de quê ? ««««
»»»» eu tenho sede de mim !!! ««««
»»»» e tu ? qual a tua sede ??? ««««


»»»» Para ti mary ««««

Sinfonia em mi

da minha janela sul
manhã bem cedo
avistando o mar
sou por ele chamado
queria ser retratado
a norte, junto ao rochedos
encontrei gaivotas, centenas
esbeltas rodopiaram em mim
perguntaram pela lua
ausentou-se, abandonou-me
invisívelou-se, estranhamente
depois de eu ter aceite e
interiorizado o dúbio assumido
as gaivotas sorriram simpáticas
em círculos esvoaçantes
pirlilipiparam harmoniosas
emitindo toques sonantes
quais magnânimas divas
edith piaf, maria callas, amália
apoiadas no marujar de m.j. pires
mozart, bethoven, strdaivarius
e aquele hino á alegria
os seus bailados, fremitosos
deleitando o nosso olhar
bailarinas quais vestais
em perfeita sintonia
Ana pavlova, olga roriz, sedova
Sublime, vibrante, profano
vê mary, os gloriosos fúlgidos
mary embriaga-te de perfume
do salitre, do iodo, da maresia
olha mary, aquele terno amor
gaivotas de asas desdobradas
envolve-me mary, vamos voar
com gestos e toques paralelos
vamos imitar as gaivotas, mary

prosa e foto: poetaeusou


fevereiro 24, 2007

»»»»»»»»»» L U A ««««««««««

Gaivotas esvoaçando no nevoeiro
nevoeiro
cerradas acrobacias
no densado nevoeiro
qual o teu jogo, gaivota ?
vou enovoar-me
nesse albino manto
mas, com a condicionante
de que venham vendavais
e que ceguem os faróis
que calem o seu uivar
quero desafiar os medos
rogar aos deuses
o envio de trovoadas
tufões, tempestades
quero sofrer, sofrer
até esmaecer o nevoeiro
onde aguardo renascendo
o triunfal regresso do sol
anilando o céu
oirando o areal
azulando o mar
esperando sem procura
o após, pôr – do – sol
e o ressurgimento da noite
num céu sem estrelas
porque, ofuscadas
por um prateado luar
e, poder suplicar
sem dualizar
quero ser teu escravo … Lua.
poemado e foto: poetaeusou

»»» de quando em vez «««

por necessidade retira um pão e vais preso por ladrão...

foto e texto: poetaeusou


fevereiro 23, 2007

» » Para ti, Lua ... « «

06, 50 horas - Alvorada Lua

Enigma

vem, enigmática lua
matizada de pó das estrelas
centelhada de raios lunares
dos restos deixados
em esteira prateada
no teu trilho lunar
definindo a rota
de piramidal grandeza
janela de sulcos bordada
dos momentos perdidos
em reflexo etéreo
de ilusões esquecidas
de carecentes sonhos
de te possuir, lua
diáfanos desejos
em transformados quereres
nos límpidos lençóis
os corpos em fúria
de ímpios afagos
de divinos afectos
espasmos celestes
em fusão sublime
de sentidas dádivas
afluxos penetrantes
Loucos desvairados
lícitos clímaxes
de orgasmos lunares
compulsando suplicares
vem … almejada lua …

poemado e prosa: poetaeusou


fevereiro 22, 2007

»»»»»»»» Para ... ««««««««

Reflexa, Sol
Espero-te, Amor.
que estranho, á tardinha.
de costas voltadas espero por ti.
é cedo ? sim, eu sei amor.
vou olhando para o ocaso.
ansiando que o majestoso sol.
atinja a linha do horizonte.
e a sua suprema luz.
de astro-rei dominante.
espera amor, é agora.
o idealizante momento.
de instantar o magno, pôr-do-sol.
que te enviarei, com benquerenças.
sim amor, dizia, que a luz solar.
incida na musa dos poetas.
a minha esperada Lua.
Lua dos dias e das noites.
dos princípios sem ocasos.
foste engolido sol, no horizonte.
e eu num esperançoso volver.
inserido no nascimento da noite.
espero-te, quero ama-la, Lua.
óh reflexadora do meu amor.
vérte toda a tua luz sobre ela.
quero aprisionar a sua sombra.
ciumando, colhe-lha , guardá-la.
quero um amor sem sombras.
límpido, transparente, cristalino.
quero tocar-te, cingir-te em mim.
saciar-te, saciando-me.
loucurar, com lucidez.
infinitizar o momento.
delongar o desejo.
famintizar o querer.
irrigar-te de amor.
protelar o concretizar.
Concretizando …

Poemar e foto: poetaeusou







fevereiro 21, 2007

»» Uma Flôr para ti ««

Desbastar Duvidas ... Estou em Débito ...
Chamo a vossa atenção para o facto de não ter:
nem algemas nem amarras Politicas ou Religiosas.

Demoníaco dia, o meu ontem. Acedi a uma pedido de uma amiga.
Fui ao site do Vaticano, memórias emergentes, da minha ligação, numa óptica critica, fundamentalista, pensando em Lutero, Erasmo, Galileu…
em Cristo-homem…
quando me perguntam, como se encontra
Cristo-homem, olha para o rosto de:
de um injustiçado, um excluído, um desempregado, um faminto de amor, de carinho, de conforto.
de um perseguido pela sua ideologia, da sua cor , da sua etnia, da sua fé, das suas crenças, de uma prostituta, das que vendem o seu corpo,
para minimizar a fome dos seus filhos,
das crianças maltratadas, é aí que vês, Cristo-homem.
rememorei a Doutrina Social da Igreja,
Teologia da Libertação, (pobre América Latina)
Concilio Vaticano II, Paulo VI, o meu Papa,
Vaticano II, 1967, proibido pelo Botas para a maioria dos portugueses, ao disporde todos, depois do 25, o dia Utópico. Paulo VI, a sua visita a Goa, desafiando Salazar, não gostei dos outros, nem do Papa “pimba”, João Paulo II, muito menos do Ratzinger,fiquei triste com a sua eleição, fiz parte
do coro do bota abaixo, levado por passados, que nós, nós todos, o temos..
Até ontem, razão do meu estado de alma, julgar os outros sem os conhecermos,
é uma grande injustiça.
Na sua primeira encíclica encontrei verdadeiros Hinos, da Doutrina Social da Igreja.
Será que este homem, nos vai surpreender ?
Encíclica » Deus Caristas est « = Deus é Amor .
a)
“o homem, além alem da Justiça, tem e terá sempre necessidade de Amor”
b)
“O Amor cresce através do Amor”
c)
“ Um estado que não se regesse segundo as normas da Justiça, reduziria,
os seus Governantes a um GRANDE BANDO DE LADRÕES.
Não são só palavras, BENTO XVI ? … Eu espero …

In) poetaeusou


fevereiro 20, 2007

»»»»» Para Mim «««««


Foto peculatada a uma Amiga
E, hoje... um carenciado dia ... oferecia a ... MIM
Mereço ???
em consumida solidão
ouço sons sem nexo.
de um acabado Carnaval
sinto-me, ignorado da vida
carente, falho, carecido
precisado, desprovido
privado de sentimentos
necessitado de afagos
vilipendiado por ti
como se fosse, um ser
ignóbil, repugnante, infame
abjecto, abominável, sórdido.
qual a razão ? de tanto
desdém, desfavor, vileza
desprezo, exclusão, repudio
estou só, solitário sou
falhado, enjeitado, frustrado
indigno de tudo
impróprio de mim

in) poetaeusou


fevereiro 19, 2007

» Todos Iguais «

Mar diferente, mesmo Mar...
»»»»»»»»»»Mais direitos, Já !!! ««««««««««««
Rotinando, hoje manhã cedo, fui visitar o meu amigo Mar. “Lusco-fusco”, acinzentado, de um denso nevoeiro, marginal deserta, o esperado.
O Mar acenou-me, já sabia que vinhas, a Vota viu-te saíres de casa, avisou-me, a Vota
é uma gaivota amiga, estás bem informado, riu-se indagando, estás com um ar confuso,
de sentimentos misturados, que se passa ? nada retorqui, mas ele é o meu melhor amigo,
não era justo omitir-lhe, li um post, no Blog da Luna, ainda não parei de meditar, eu vi
também na Net, disse.
É, o mar é navegantenétista, a sua rede local são as gaivotas, as ondas a Netcabo, os
Golfinhos o seu sistema sem fios, estes em ondas neptunistas, enviam toda a informação, dos satélites do Bill Gates.
Zé, apanha a onda, e fala no Raul, o nosso Raul, e em todos aqueles, que de mais atenção, necessitam, como eu faço sensibilizando as minhas ondas, para os cuidados que
obrigatoriamente terão que ter. OK, assentei.
O Raul nasceu com um “problema” na área da trissemia , um amigo, tornou-se intimo, quando um dia ,levando, o meu filho á escola, lhe disse Tó-Zé, vai cumprimentar o Raul, o Raul aceitou, sorriu piscou-me um olho, o Raul era inteligente, era visualmente diferente, só.
Dois apontamentos, um dia esperando o meu filho, vi-o acompanhado de uns amigos,
irem ao encontro do Raul e com eles seguir.
Dias depois lá estava o Raul, o que fazes aqui ?, perguntei ! estou á espera dos meus
amigos, vamos jogar á bola, sou da equipa do Tó-Zé, o numero 9, o meu numero
preferido, pensei.
Agradeci ao Além, seja quem seja …
O Raul, 15 anos, um dia de domingo, manha cedo, dirigiu-se ao porto de pesca, na sua caminhada , encontrou o amigo João, onde vais Raul ? vou á pesca, sozinho, o João sorriu, de amor pelo Raul, boa pesca, dou-te um peixe grande, retorquiu.
O Raul, falava sério, num porto deserto, desamarrou uma lancha, 5 X 2, metros, ao leme, qual Vasco da Gama, foi ao sabor do mar, sem rumo, ficou com uma visão nunca
pensada, quanto mais se afastava da terra firme, terra firme avistava, concelho da Nazaré, concelho de Alcobaça só interrompida pela serra d’Aire, pedreira dos Dinossauros.
E por mar fora foi o Raul, no dia seguinte, falta uma lancha, falta o Raul, não falta o João, para contar o seu papel neste enredo.
Grito de alerta, quem é ? é o nosso Raul, entra outro amigo, Comandante da Capitania da Nazaré, Capitão de Fragata, bom homem, homem do mar. Manda sair os barcos disponíveis, buscas goradas, pede a intervenção do Comando Naval do Continente,
o Raul tinha direitos !!!, buscas mais uma vez infrutíferas. A esperança morria.
Mas, ao terceiro dia, a boa nova chegou, um barco da Figueira da Foz, encontrou o Raul, ó fez uma exigência queria ficar na Lancha, para a dar ao Ti Manel. O dono.
Uma caravana automóvel, foi requestar o Raul e agradecer aos novos amigos dele, uma
outra foi ao seu encontro, no resto deste pais ninguém se apercebeu, nem a “T V I”,
(como amostra) , perdeu dez segundos com o acontecido, de um menino que quis por um dia, ser pescador,como um outro, que nunca perdoou aos pais, não ter sido marinheiro,
O também nosso Fernando Pessoa.
Luna, a divulgação, nesta missiva, é a mensagem que eu quero deixar, as diferenças são
“feitas” pelos nossos pensamentos, elas não existem.
LUNA, Bem hajas, pela força que nos dás
.
foto e prosado de: poetaeusou

fevereiro 17, 2007

»»» Palavras «««

PALAVRAS

são as palavras.
palavras doces.
do abelhado mel.
que eu quero ouvir.
de ti, amor.
em marujantes sons.
palavras audíveis.
puras palavras.
palavras sentidas.
articuladas, definidas.
moldando desejos.
urdidas palavras.
do bem que mutuamos.
palavras cismadas.
transmutadas em ciúmes.
afagadas palavras.
em ternura e encanto.
palavras convite.
de anseios almejados.
floresta de palavras.
de sonhos e quimeras.
palavras, deserto.
que vamos olvidar.
quero um oásis jardim.
jardim de palavras.
onde te vou colher.
palavra flores.
palavra amores.
flores de volúpia.
cravos de loucura.
êxtases tulipados.
de rosados espasmos.
num amor sem fim.

poema e foto : poetaeusou




fevereiro 16, 2007

Vem Bloguista, Vem.

As Máscaras dos Bloguistas.
BLOGÃO/2007.

é virtual.
é virtual.
diz-me, Bill Gates.
quando é real. »»»bis«««
vem, Bloguista.
não digas não.
travestiza-te
de folião
a nossa marcha.
bem compassada.
brother, Bill Gates.
muito obrigada.
é a Net, é a Net.
que preenche o nosso ócio.
é a Net, é a Net.
que causa tanto divórcio.
tu Bloguista.
tem consciência.
cuidado, com a concorrência.
moldavas, ucranianas.
stop, pára um instante.
dás abébias e aérea andas.
a separação é fulminante.
é mar é sol.
amarelo.
belo, virtual.
é mar é sol.
amarelo.
belo, é carnaval.
eih, ó Bloguista.
amiga não digas não.
toplessa.
deixa ver teu coração.
na nossa marcha.
há juizinho
mas… só por graça.
mostra o biquinho
vamos viver.
o Carnaval.
com o prazer.
do virtual.
é foliagem.
é brincadeira.
só há paragem.
na quarta – feira.

é virtual.
é virtual.
diz - me Bill Gates.
qundo é real.
é virtual.
é virtual.
diz – me Bill Gates.
quando é real…


marcha, foto e PCs. (modéstiahihi)
de: poetaeusou







fevereiro 15, 2007

Antanho e Agora ?

Não vais ao mar, Tonho-Está o mar ruim, Tonho
Que força é essa, amigo
Vi-te a trabalhar o dia inteiro.
Construir as riquezas para os outros.
Arriscar a vida, desperdiçar.
Muita força para pouco dinheiro.
Vi-te a trabalhar o dia inteiro.
Muita força para pouco dinheiro.
Que força é essa.
Que força é essa.
Que trazes nos braços.
Que só te serve para obedecer.
Que só te manda obedecer.
Que força é essa, amigo.
Que força é essa, amigo.
Que te põe de bem com os outros.
E de mal contigo.
Que força é essa, amigo.
Que força é essa, amigo.
Não me digas que não me compreendes.
Quando os dias se tornam azedos.
Não me digas que nunca sentiste.
Uma força a crescer-te nos dedos.
E uma raiva a nascer-te nos dentes.
Não me digas que não me compreendes.
letra/musica: in) sérgio godinho.
foto: FotoNorte.

fevereiro 13, 2007

»»Definido Assumido««

Quem preenche o amarelo...

Começará hoje, Amor ?

Serás tu, amor ?
És ? onde estás ?
Porque não te defines ?´
Procuras o mesmo que eu ?
Que falha cometeste, Bill Gates ?
Nesta virtual rede incompleta ?
Virtual, porque irreal !
Era tão simples, amor…
Um terminal. Invertido.
Sem fios. Com GPS.
Penetrando nos neurónios.
Pensamentos.
Consciente. Subconsciente.
E extrair. Desaguando.
Jorros de informação.
Com tratamento. Seleccionar.
E, instar, suplicando…
Amor, pesquisa a foto.
Observa o vazio.
Dos acanariados espaços.
Rogo – te…
Recheia o coração.
Com o teu amor.
E para todo o sempre.
Os dois corações se façam num.
No dia de hoje.
O nosso DIA

Poemado, desenho e foto:
In) poetaeusou





fevereiro 12, 2007

»A indefinização do definido«

A definida árvore em floresta de antenas


definindo

enunciação
em ti, árvore
porque te defines
nas indefinições
da realização na procura
em que o não concreto
será concretizado
em definida realização
o virtual abstracto
feito realismo
palpável. presencial.
presença definida
trazida pelo vento
vento apontando norte
de um sul invertido
em transversais derivas
e definidos quadrantes
da rosa dos ventos
diz–me de onde sopras
vento indefinido
conta ao catavento
ou será…
num convento
convento de mafra ?
será...definitivamente…

poemado e foto: in) poetaeusou


fevereiro 11, 2007

» Aloés, Amor e Tu «


Quero plagiar os Aloés.

Como os Aloés, quero ser.
Os Aloés fixam as areias das dunas.
Os Aloés protegem as encostas das falésias.
Das chuvas e vendavais.
Das erosões do tempo.
Das ondas do Mar.
Eu quero agarrar de outro modo o teu amor.
Pende-lo nos meus braços, feitos raiz.
Porque não te amei selvaticamente ?
Esgotando a ultima gota do teu néctar do Amor ?
Porque te pedia que não me desses tudo,.
de uma vez só ?.
Dizendo-te que o nosso amor seria eterno.
Porque contive o meu prazer ?.
Para nos teus olhos, contemplar o teu .
Que ingénuo fui, agora que tudo acabou.
Porque não saciei o meu desejo.
Orgasmando em gemidos, feitos, violinos !
Silhuetar em um, nós dois abraçados.
Consumar o sentir dos famintos órgãos.
Volta amor, volta por favor.
E prometo amar como fosse a ultima vez.

»» prosa e fotos do poetaeusou ««




fevereiro 10, 2007

»»»»Antónia meu Amor««««

O post é teu, Antónia

Foi no recanto, Antónia.
Como mostra a fotografia, o canto das pedras, vulgo.
Muitos anos passaram, tínhamos 10 anos.
Vi-te apreensiva, a olhares o Mar.
Meditei, procurando a razão de teres medo do Mar.
Se nasceste, a olhar para ele, a 10 metros da tua Casa.
Abordei-te, os teus olhos lindos, penetraram em mim.
Henrique, soletrado em som celestial, tenho medo.
Tinhas medo do mar, não sabias o porquê, mas era real …
O que se passa, Antónia, diz-me, nunca estarás só, diz !
Amanhã eu e as minhas colegas vamos á praia.
Apanhar pedrinhas para a escola nova e o mar está mau !
Nada receies estou lá contigo, apanho as mais bonitas para ti.
Assim aconteceu, muitas pedrinhas, entre elas, UMA, lembras-te ?
Foi o começo de um romance de 40 anos. Oscilações, óbvio.
O mar e a pedrinha sempre presente.
A pedrinha ficou fixada na parede principal da sala.
O pedreiro que a colou era sensível, gostou dela.
Quantas vezes fomos á sala ver a pedrinha.
E em todas estava um menino ou uma menina, a tocar-lhe.
Foi o amor primeiro, inocente, o desejo, a paixão. o amor.
Até que o mar, avançou, para ti, e tu sabias á muito.
Avançou feito incurável. Falta de Iodo ou excesso de Iodo.
E eu percebi naquele dia o, ultimo. O teu pedido, manhã cedo.
Henrique, telefona ao nosso filho, preciso dele. Aqui…
Vai á Praia quero ver pedrinhas, o início do nosso Amor.
Entre as Pedras apanhadas, estava a Pedra Gémea a “nossa”.
Pedrinha que no dia seguinte com muito amor.
Foi por mim inserida no ataúde, onde á 9 anos me esperas.
Até já, meu Amor. Aquece o meu “lado”.
Tenho frio, Frio da Falta do teu Amor e de muita Saudade.
Foto e texto de: poetaeusou

fevereiro 08, 2007

Desejo+Paixão+Amor

»»»»»»»»»» Desejos ««««««««««
»»»»»» … É … ««««««

Vi-te e desejei.
Amei sem tibieza.
Com palavras e gestos.
No salivar dos beijos.
Os teus olhos vítreos.
Em cingires lestos.
Deixaram-me louco.
Transmutando o amor.
O prazer em inferno
O pecado em céu.
Fundindo a paixão.
Ciumando a mentira.
Ferindo a verdade.
Em teias urdidas.
Que a paixão perdoa.
Até que numa tarde.
O amor emergiu.
Do horizonte surgiu.
A seta do Cupido.
Soltam-se sentimentos.
Em abraços e beijos.
Olhos de desejos.
Afectos totais.
Por mãos infernais.
Enrolados no chão.
Num chão empedrado.
Num chão feito cama.
Dois corpos amando
Em convulsões sem tinos..
Espasmos sentimos.
Entre gritos sem pudor
Somos dois felinos
Brotando ... Amor
Foto e poema: poetaeusou

fevereiro 06, 2007

»»»»» Paixão «««««

Por ti em ti

Juntos contemplamos.
O Pôr-do-Sol.
Tonalidade de Íris.
Dourados, Rosa, Escarlates.
Em ti reflectidos.
Quem não se apaixonaria.
Pelos teus cabelos aloirados.
Feitos douradas areias.
Teu rosto clarificado.
Por um sol esplendoroso.
Um Céu/Mar.
De tonalidades azuis.
Em matizados afluxos.
Admiro deslumbrado.
A tua esbelta silhueta.
Como o airoso Veleiro.
Que ao longe garbosamente.
Aproxima-se do horizonte.
Fico em êxtase total…
Para ti sou recuperado.
Por sons emergentes.
De um pré-carnaval Nazareno.
Que já canta, aqui, ali, em Ti.
Prosa e Foto: Poetaeusou






»» E o Prémio Foi Para ««

Premiado: David Santos
Motivado por:
Unico Homem Concorrente.
Prémio:
Livros
=======================
Para as Lindas o prémio seria um,
Perfume escolhido pela premiada.
Desde um Tabú ou Naly de antanho.
à mais sublime Fragrância actual...

fevereiro 04, 2007

Queres um Prémio ?

O que farias com ele ?
A melhor resposta.
será Premiada.

poetaeusou


fevereiro 02, 2007

»»»Gaivotas, Luar, Areal, Mar«««

EU QUERO SER GAIVOTA

Amor vê comigo.
Repara nas Gaivotas.
Adorando a Lua.
Com beijos saudando.
Em V, invertido.
Os tentáculos prateados.
Da noiva Lunar.
Fica, Fica comigo.
Vamos sentir em uníssono.
O luar de Janeiro.
Reflexando-se no mar
Beijando o areal.
Afagando as Gaivotas.
Em virtuais espasmos.
Abraça-me Amor.
Deixa-me, te cingir.
Pelo luar iluminados.
Dançando ao som do mar.
Tocando, levemente, o areal.
Como as Gaivotas.
Nos seus esvoaçantes bailados.
Serei sempre uma Gaivota.
Perlilipando juras de amor.
Como as Gaivotas pensando.
Como as Gaivotas desejando.
Como as Gaivotas ofertando.
Como as Gaivotas amando.
Como as Gaivotas beijando.
Como as Gaivotas.
De amor. Perdidas.
Pela paixão unidas.
Livremente. Climaxar.

foto e poemado - in) poetaeusou