julho 30, 2009

>>>>>>>>>>>>>abismos de sofreguidão<<<<<<<


La Mer

quero voar
na aragem que emanas
executando cabriolas
nos faróis dos meus instintos,
quero dançar
com o agoiro dos teus olhos
abismos de sofreguidão
na falésia dos sentidos,
quero navegar
no suor da tua pele,
chuveiro de poros agridoces
transpirando brasas ardentes
na fogueira que me acalma.
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julho 27, 2009

>>>>>>>>>>>>que me picaram a alma<<<<<<<<


bandeira vermelha - hoje

os teus cabelos
são fios de chocolate
teias de aranha - viúva
que me picaram a alma,
são enleios desmedidos
novelos de febres soltas
cálices de sede ateados
na fonte dos labirintos,
são securas desgrenhadas
impregnadas de sabores
moldados no breu da noite
onde tudo se mistura.

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julho 24, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>nada mereço<<<<<<<<<<<<


macaréus - hoje ás 11 horas

de ti
nada mereço
nem a angustia
que me consome,
sou um choro embaciado
carpindo estéreis açudes
na beleza fugidia
de um jardim abandonado,
onde mudos violinos
vibram amargos prantos
instrumentando destinos
nas grades do meu canteiro.
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julho 22, 2009

>>>>>>>>>>>na âncora que nos amarra<<<<<<<


videado em Dublin adagiando os secret garden

subi ao cume
do meu desespero
onde as palavras
espiam as culpas
do tempo perdido,
neguei-te
no algures de mim,
mas o teu perdão
foi o meu pesqueiro,
reencontrada rede
desenleada
cercando os nossos abraços
na âncora que nos amarra.
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julho 19, 2009

>>>>>>>>>>>>>>no bosque aquático<<<<<<<<<


onde marés serenas

na raiz das algas
ao limo cingidas
divagam sargaços
de esverdeado cristal,
lençóis penetrados
no bosque aquático
simulam searas
aguando suspiros
em leito salgado,
onde marés serenas
inspirando afectos
inventam loucuras
compulsando entregas,
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julho 16, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>na teia da imaginação<<<<<<


mar bravo mas leal - nazaré

soltei
as minhas mágoas
na teia da imaginação
bolhas sem ar
espreitam
as janelas defumadas
trancando
a luz baça da catedral
onde
velas pardas
incensam olfactos
e
movem o veleiro
que espera por nós.
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julho 13, 2009

>>>>>>>>>>>>>vou adrenalinar o mar<<<<<<<<<


vou estampar o areal

esta manhã dia 15-7 o mar estava "assim" - Cuidado


vou mexilhar o verão
no bronze do meu sorriso
embebedando de brilhos
os raios solares transviadas,
vou adrenalinar o mar
num colchão de gema-sal
leito de prenhes marés
de gaivotas confluíndo
imitando annas pavlovas
nas acrobacias bailantes,
vou estampar o areal
de peugadas desinibidas
passos ventosos ecoando
no pináculo dos afectos,
torres de pano erguidas
contrabandeando segredos.

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julho 10, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>pasmos sequiosos<<<<<<<<<

em cima Peniche - em baixo Nazaré
na fonte da vida - em Braga

no ventre da sede
securas aladas
aconchegam afectos
sorvidos no vento,
marulhos sedentos
incrustam apelos
despindo o passado
das minhas renuncias,
na fonte da vida
brotam enxurradas
pasmos sequiosos
desenfreando anseios.
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julho 07, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>porque será ?<<<<<<<<<


passas e repassas

porque será
quando me encontro
em ti me perco
sem te encontrar ?
porque não evito
nas minhas procuras
esculpir teus gestos
em suspensas esperas ?
porque finges
que não me procuras
e como louca
passas e repassas
no ponto de encontro
que é só meu e teu ?
porque será ? . . .
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julho 05, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>vestidos de verde<<<<<<<<<


pendurava poemas

fosse eu arvore
folheava sombras
em pleno inverno,
nos ramos despidos
pendurava poemas
vestidos de verde,
e na primavera
nos abraçados rebentos,
cantava os outonos
filhos dos estios,
ouvindo Vivaldi
nas quatro estações
que esperam por mim.
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julho 03, 2009

>>>>>>>>>>>>>> na terra das águas <<<<<<<<<


na terra das águas

na terra das águas
os peixes são poemas
pescados nas brumas
do meu pensamento,
são escritos no mar
com anzóis de escamas
impressos no espanto
dos livros salgados,
na terra das águas
ouvem-se melodias,
luzidios acordes
cantadas pelas algas,
que dançam, boiando,
salivando beijos.
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