abril 29, 2012

1º de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores, maioria mulheres, saíram às ruas de Chicago, manifestação pacífica, 8 horas de trabalho era a exigência, foi reprimida, abafada, dispersa, morreram dezenas de trabalhadoras !


que força é essa,
que trazes nos braços,

grita,
mulher Maio
o bramido
em ti cativo,
serpente ardil,
perfil
feita maçã
nas macieiras do éden,
só tu mulher
sofrida,
sabes agitar as ruas
subtraindo
os teus medos,
mulher de farta vontade
um mar
de dignidade achada,
vaga firme encontrada
enfrentando o opressor,
mulher sorriso,
amada, enchida, saciada,
eterna fonte suculenta,
brotando
a igualdade
e em liberdade
floreando !
poema:poetaeusou
fotos:Álbum:Sr.Á. Laborinho

abril 24, 2012

gente da minha terra !



ooooo

não abrilhem o abril numa só flor ou cor,
abril tem a pigmentação de todas as pétalas
não há só cravos, rosas e alecrins aos molhos,
as dálias e acácias são iguais aos meus aloés,
lembro aos políticos, um jardim não é uniflor,
quero - te abril, feito amor, de mulher feita,
abril sem dilemas, sem nevoeiro nem brumas
abril levante, abril sul, abril nortada saudada,
abril de afectos, em sorrisos ansiando abraços,
não assassinem abril, abril é aceite não imposto
abril não é politica, é liberdade sem patronos,
abril maturo, consciente, espraiando tolerância
anotaste que abril é noite e dia treva e alegria ?
não façam de abril , eco do saguão dos prantos,
abril é o baú de um povo, raiz ardente, bálsamo
florescente, perfumando, os anseios cintilantes,
abril é musica etérea, guitarra tocando ao vento,
um mar de ondas dançando, no palco da liberdade !
palavras e fotos:poetaeusou

abril 19, 2012

mil postagens ............ mil conchinhas............mil beijinhos............mil respeitos............mil obrigados!


sabes, amor,
as vagas do mar
não são ocas
nem o seu quebrar é vazio,
estão cheias de fascínios
delírios magnetizados
que apetece cavalgar,
ai, como eu queria espalhar
nas ondas do teu sentir
o bulício dos instintos,
fazia de ti o meu batel
remando rotas desnudas
com os remos da ansiedade,
e nos socalcos da praia
feitos palcos de enleios
onde se cruzam violinos,
as tuas mãos tacteantes
vagueavam espaventos
desvarios cativantes
salpicando os desatinos !
poema e fotos:poetaeusou

abril 11, 2012

"Natalei" num 19 de abril, de um passado ano !

natividade
companheira(o)s destas estradas,
hoje de nada eu vou falar/comentar,
nem prosar, nem “poemar” nem “gramaticar”
porque nasci, expirei, foi em pleno Abril,19,
e o meu traumatismo começou (8) dias antes.
durante a novena (9 meses) á agua me adaptei,
dessas águas ainda não rebentadas, rejeitado fui,
não quero falar, hoje não digo nada, porém penso,
porque teria que sair do portal, no qual eu entrei ?
mas como não sei quem sou, nem de onde vim,
não quero falar, nem opinar, fico calado !
não, não vou divagar as minhas dúvidas existenciais,
não quero saber do que me meteram na cabeça e as
origens disto tudo, o verbo, o nascimento, o Adão sem
parra, a costela roubada e a Eva da maçã ou pêro mofo,
do paraíso, do éden, do pentateuco ou os cinco rolos
das escrituras, achadas cheias de bolor, no mar vermelho,
quero lá saber dos livros de todas as religiões, até do meu
livro de cheques, sem tecto nem telhado, me interessa,
o que diz o génesis ou não, da tora e da bíblia, do manitu e do
búfalo sentado, do alcorão e do bin laden, vindo do capital
e o mesmo capital afrontando, do escolhido dalai lama e do
João Garcia a escalar o himalaia para lhe pedir um autógrafo.
olimpo ? quero lá saber se o zeus era o pai e dono da
minerva, minha irmã e deusa da sabedoria, hehehehe, da hera
protectora das mulheres, do casamento e do nascimento, o que
me faz pensar; Portugal gostará dela, da gaia, a mãe-terra ?
saber do apolo ? os alunos de ? da dança, da musica, da poesia ? 
e que o dionísio e o baco passem a vida a ver quem bebe mais,
quero lá saber, da vénus e da camila, o carlos que saiba eu não,
da amaterasu japonesa, da hindu ambika, tetis e até da selene,
deusas ? sei lá, o que sei é que a afrodite era do adónis, e o
eros não comia ostras, o resto é conversa fiada, tangas, tretas . . .
não me interessa o jorge amado, se a gabriela tinha sapatos ou
não, da Wilma dos orixás, iemanjá ou inaê, nas sereias, nas musas,
nas ninfas e se o poseidon esteve exilado na ilha dos amores . . .
estou farto, do aquilino, lobo antunes, rómulo x gedeão, do
pessoa, espanca, sophia, agostinho da silva, natália, nemésio.
redol , das bocas do marcelo, das desbocas do medina, que o
tó costa queira imitar o sampaio e que o santana “surripiasse”
a misericórdia do meu amigo e misericordioso padre melicias,
(um abraço para o Pe.Victor, extensivo ao Dr. Pedro) não quero
saber da ronca da júlia pinheiro, com ou sem nevoeiro, da dicção
da fátima lopes, dos trapinhos do goucha, e das pernas arqueadas
da cristina ferreira, ora toma para não gozares com os outros . . .
estou fartíssimo do picasso, matisse, degas, da vieira, do almada,
do van gog, do miguel angelo, da paula rego, do gilex que é
da minha terra, do mário botas, que também é, do dáli e dáqui,
pôrra para a globalização, para liberalização do mercado e da
troyka que me chupa, e dos nossos banqueiros, angolanos feitos,
do camilo lourenço, zé gomes ferreira e do cavaco que não cavaca
com o coelho de passos de tartaruga, aguenta Pedro ! e do seguro
inseguro e sem seguros que o salvem, não vás ao mar tonho !
do jerónimo, dançarino em 24 camarada em 26, avante, sempre,
e do louçã, tresandando a caviar, hehehe, com baptismo na
freguesia da Dona Maria, onde começou, voltaste “lá”, meu ?
da filosofia do sócrates, que de filosofo grego, passou a aluno não
conseguindo imitar o senhor professor bochechas na sorbonne,
zenha, quantas voltas de gozo já deste no caixão ? e repisando,
do coelho coelhando na relva do relvas (como está meu primeiro)
e o gato Gaspar, gasparando a troika, numa solução final, que não
seja á de 1939/44 e da nossa presidente, assunção esteves (sexi),
do jerónimo das rumbas (avante camarada) dos portas da direita e da esquerda, ditosa mãe que deu á luz a anti-dualidade, do semedo, ainda dás consultas ? do louça, o m. brand com a tua voz   e a apolónia, dos verdes ... verde ? madura e bem, com tantos anos no hemiciclo…
não quero falar do abramovich do chelsea que bem nos tramou
e copiou os 5 por cento do calouste gulbenkian, putin, este lixou-te .
quero lá saber do karl marx , a viver á conta do capital do engels
cujo livro (o capital) me enganou bem enganado, ou não . . . é, é.
e o nobel ? que arrecadou mais euros, com ecce homo, na boca
de poncio pilatos e nas variações de nietzsche, do que todas as
igrejas cristãs, além dos 125 trabalhadores do diário de noticias, é.
quem é esse gajo? perguntou o paulo futre, boa, na boa que estás.
quero lá saber dos nossos mil cantores, do fedor das televisões
e dos gatos fedorentos (vivó benfica), do bocage e do aleixo, do
farta discos do zeca afonso (a morte saiu á rua num dia assim)
até do almada estou refarto, - morra dantas, morra pin, pin - !
pin, pin, raio de som para uma bala, irá viver com um torpedo ?
farto estou das otas e contra-otas e dos TGV para as berlengas,
quero lá saber de mim, o que sou e serei, donde venho e para onde
irei, para o psiquiatra ? talvez,  mas perguntarei, o meu ser será ?
serei o ser do meu ser ? sou a existência do haver no mistério do
existir ? sendo o meu eu, como sou outro ? se sou o que nunca fui,
se vou ser o que já fui, o que eu agora sou ? sabem ? nem eu, e
como não quero saber, hoje não digo nada, e não disse … pronto .
palavras e foto:poetaeusou

abril 08, 2012

na ferrugem dos silêncios !

nas tuas grades,
as minhas súplicas .

contemplei,
nas grades do teu olhar
a pele das minhas suplicas,
vocábulos inadvertidos
da submissão que te vote,
engendrei,
entre as ripadas frinchas
e as janelas intemporais,
o meu burgo prisioneiro
largos, praças e esquinas
na ferrugem dos silêncios,
ocultei,
 nos ultrapassados portões
chaminés feitas espantalhos,
os fadários que me ferem
nas constelações que emanas,
procurarei
nas ondas secas da vida
travestir os desencontros,
discrepâncias naufragadas
no banquete dos teus abraços.
palavras e fotos:poetaeusou

abril 02, 2012

Pensando em ti !

sou louco !
por te dar o meu amor !
na espuma branca trazido !
sou louco !
por cantar o escuro dia
orfeão de alvo negrume
na noite de claras trevas
sou louco !
por te dar o meu amor
disperso no amanhecer
das madrugadas sentidas
sou louco !
por nunca ter percebido
o beijo escrito na areia,
em espuma branca trazido
nas noites de lua cheia
palavras-fotos e video: poetaeusou