novembro 23, 2010

.............................. a mandadora dos tempos


Sardenha
sou barco incógnito
esperando pelo teu nome,
barco sem vida
ressentindo a tua ausência,
barco sem quilha
por não navegarmos a dois,
barco frígido
onde não entram poemas,
barco despido
sem mastros e sem velame
sem vergas e sem cordame
sem a força que tu és,
mulher potestade
a mandadora dos tempos
água da fonte da vontade
sem sextantes medidores,
das longitudes trinadas
nas canções da latitude,
e se a dois fosse cantado
o vento da solicitude
nos molhes acolhedores,
não teria arribado
e nem sequer aportado
ao cais do fado das dores !
poema-fotos-video:poetaeusou.

50 comentários:

São disse...

Adoro veleiros, principalmnete de velas desfraldada a navegar...

O poema traz um sabor a tristeza ...ou é impressão minha?

Um abraço, amigo meu.

Paula Barros disse...

Um barco intenso no sentir
Mesmo na ausência não naufraga


Belíssimas imagens!

abraço e bons ventos.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Poeta

Barco sem rumo...naufragado...esperando o amor.
As fotos são como pinturas...maravilhosas.

Deixo um beijinho
Sonhadora

Insana disse...

Lindo texto.. me imaginei lá naquele barkinho (veleiro) :p

bjs
Insana

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

achei este poema, um pouco nostálgico.

gostei das fotos,

e deixo um beijo.

Filó disse...

Bonitas fotos de barcos ancorados em mar de águas translúcidas e céu azul.
Estas fotos ofuscam o barco triste, sentido no poema, e que se diz abandonado.
Poeta, amanhã,um outro dia, seu barco aportará também, em cais de mar e céu azul, onde brilhará o sol !

Beijinho amigo

antonio ganhão disse...

A barco vazio não importa o rumo.

Cristina Fernandes disse...

Esse barco dum cais sem tempo, rumo ao infinito. Adorei as fotos...
Beijinho,
Chris

Maria Clara disse...

Sukuama, poeta!
Como se diz na minha terra longe, Ganhou!
Que este poema é Grande.
Como lindas são as fotos deste veículo de partida, mar a fora em busca de porto seguro...
kandandu.

( sukuama - bolas, aka, xiça )

João52 disse...

Caro Poéta...

Navegando na net, deparei-me com este seu cantinho adoravel, e acolhedor... seus textos mágnificos e as imagem espéctaculares...

Gostei do seu espaço...

Saudações poéticas

Nas Asas da Poesia disse...

Coração humano
Único teatro que, sabidamente,
O proprietário não consegue fechar.

( Emily Dickinson )

Feliz Noite...Beijos no coração! M@ria

OBS: Seja meu seguidor (A)

poetaeusou . . . disse...

*
São
,
os veleiros
são para navegar
não duvido |
,
amiga
sabor a tristeza ?
basta olharmos em redor !
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Paula Barros
,
espero que não,
minha amiga,
,
brisas serenas,
ficam,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Sonhadora
,
e a sonhar fiquei,
com o mar das tuas palavras !
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Insana
,
amiga,
vamos velejar
no mar das quimeras,
esperando a realidade !
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
© Piedade Araújo Sol
,
estados de alma,
minha amiga,
estados de alma,
,
serenas maresias,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Filó
,
minha amiga,
,
lá vai o barco,
no mar, além,
saudades minhas,
seguem, também !
,
translúcidas conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
antonio - o implume
,
É . . .
os rumos esvaziados,
são notórios . . .
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Cristina Fernandes
,
rumos,
desarrumados
marcam os tempos,
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Maria Clara
,
é a bondade dos teu olhos,
que te fazem, assim, escrever .
,
grato amiga,
,
marés de Kandandus
deixo,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
João52
,
meu caro,
sou poeta(. . .)
com reticências !
,
agradeço as belas palavras,
chamando a atenção que este
cantinho é de quem o visita !
,
abraço,
fica,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Nas Asas da Poesia
,
o coração e os olhos,
são dois amantes leais
quando o coração está triste
logo os olhos dão sinais !
,
conchinhas,
,
*

Lilazdavioleta disse...

Bom dia poeta sem reticências,

gosto muito " desta mandadora dos tempos " .

Assim como dos belos comentários que nos deixa .
Obrigada.

Obrigada , também , pelo pequeno grande excerto do Sergio Godinho.

Um beijo ,
Maria

gaivota disse...

muita coisa por pouco dinheiro...
ão me digas que não me compreendes!!!
este tempo cria angústia!
e a paleca????
bem.... olha que ela via pá ilha do s'miço!!!
(ter ca outra...)
pilipares

OutrosEncantos disse...

Nesta altura do campeonato, querido amigo, não me parece que a grande maioria não te compreenda, e apesar de todas as legitimidades... ainda me admiro que ela aconteça.

Pessoa diz ser o poeta um fingidor..., talvez porque o poeta encontra sempre forma de rodear as suas dores, se assim o quiser.
hoje tu não quiseste e te sinto triste e magoado.
há dias assim, em que a vontade é quase soberana
... pegar a boleia num veleiro assim, desfraldar velas e não voltar...
sinais dos tempos..., a chuva, os dias cinzentos, a agonia do arribar aos cais das dores.
Beijinho, amigo poeta.

poetaeusou . . . disse...

*
Lilazdavioleta
,
Amiga,
mais Sérgio
peço-te que não satures
,
Vieram profetas
Vieram Doutores
santos milagreiros, poetas, cantores
cada qual com um discurso diferente
p'ra curar a vida da gente
Vieram peritos
em habilidades
dizer que a fortuna cresce nas cidades
e que só ganha quem concorrer
e quem vai ser, quem vai ser
que vai ganhar, vai vencer?
Vieram comerciantes
vender sabonetes
danças regionais, televisões, rabanetes
em suaves prestações mensais
e quem dá mais, quem dá mais?
]e quem dá mais, quem dá mais?
,
mas porque é. que este Barnabé,
teria que ser diferentes dos outros ?
mas porque é. que este Barnabé,
teria que ser diferentes dos outros ?
srsrsr, in – Sérgio Godinho !
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
gaivota
,
Linda
hoje está um dia maravilhoso, o
nosso mini-clima está em grande,
a paleca ?
eu já a queria nas Berlengas, srsr,
,
Eh, meu irmão, que é que tens
estás branco que nem um nabo!
Eh, meu irmão que é que tens,
parece que vistes o diabo!
Vi mesmo, bateu-me à porta
disse que o povo estava na rua
e que a rua era do povo
que é p´ra quem ela foi feita
e o povo somos nós todos
e eu então gritei!
Ai, o diabo!
,
In-sérgio
,
Pilipares
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
OutrosEncantos
,
Amiga
,
Fernando Pessoa é a bússola,
,
ofereço-te,
,
não sentes o povo
vulcão escaldante
nas veias em fogo
voz em efervescência
bem dentro da gente
quando sai á rua ?
não sentes ?
não digas, que não sentes !
,
Conchinhas,
,
*

Sol disse...

lindas fotos..
um poema solitário, porém cheio de esperança..
bjs.Sol

Desnuda disse...

Poeta,

direito, verdade e sentimento

Beijos com carinho amigo.

poetaeusou . . . disse...

*
Solange
,
não percais a Fé,
disse alguém !
,
brisas serenas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Desnuda
,
sentindo,
o direito á verdade !
,
conchinhas,
,
*

durindana disse...

Felicito-o, meu amigo.
Para além da oportunidade, do estilo e da sensibilidade, esqueci-me de referir a prolificidade.
Caramba, é muito fôlego.
Abraço,
A.M.

Anónimo disse...

Olá poeta boa tarde. Fiquei muito contente por receber a sua visita porque admiro muito a sua forma de escrever e acho o seu blogue maravilhoso. Estas mulheres nazarenas lindissimas e fortes, este barcos da faina que são lidados cok tanto sacrificio e o mar (o meu eterno amor) a poesia, a melodia o encanto. Obrigada pela sua visita fico muito grata. Porque o admiro imenso.Gostaria que me desse a honra de o seguir posso? Muito obrigado. Um beijinho para si.

poetaeusou . . . disse...

*
durindana
,
na beleza que me rodeia.
mar, praia, sol, pinhal,
boas fontes de inspiração !
,
fiquei gratificado,
com os seus elogias !
,
abraço,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Maria Sorrisos
,
Amiga
é uma hora
por si ser seguido,
obrigado !
,
Nazarena
sabes a sal
suor filtrado
em maré cheia
sabes a rochas
louco salitre
de limos grávida
sabes a vento
brisas dolentes
mar enrolando
marés ardentes !
,
conchinhas nocturnas,
,
*

MEU DOCE AMOR disse...

Olá Poeta:

Como tu "brincas "com as palavras.Adorei este poema e com a música...lindo mesmo.

Deixo um sopro para que o barco navegue e um beijinho doce para que o cais não seja de dor, mas de doçura...e espero visita...claro!!!

:)))

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá amigo! Passando para te desejar uma ótima quinta-feira e aprender um pouco mais.

Abraços,

Furtado.

vieira calado disse...

Olá, boa noite!

Quem é de cidades de mar,

como você eu,

sempre tem por barcos a mesma paixão

e escreve sentidos e esbeltos poemas,

como o que aqui nos traz.

Forte abraço

poetaeusou . . . disse...

*
MEU DOCE AMOR
,
linda
não navega, não,
nem com propulsão nuclear !
srsrsrsr,
,
vou lá,
,
conchinhas
*

poetaeusou . . . disse...

*
Rosemildo Sales Furtado
,
amigo,
,
feliz fiquei,
,
abraço,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Vieira Calado
,
bom dia, amigo,
,
um barco
é um peixe flutuante,
colorido, fascinante, misterioso,
que nos leva aos nossos
avoengos Fenícios que guiados
pelas (tuas) estrelas, fundaram
a maioria das povoações do
Litoral Português, á época árabe,
e desde Gibraltar ao nosso
Delta (Ria) de Aveiro !
,
um abraço,
,
*

Unknown disse...

O mar seria tão triste sem barcos que lhe afagam as iras e lhe suavizam as dores.

Uma certa dor transparece no meio de tanta beleza poética.

O mar se cruza com a brisa que procura unir todo o barco enfunando-lhe as velas.

Secreta disse...

É incrivel a tua capacidade de prender a nossa atenção...

Carla Diacov disse...

hei!


adorei as sombras...também tenho umas aqui ó
carlacarlacarlac.multiply.com

...


sigo seguindo-te...


beijão!

poetaeusou . . . disse...

*
Luís Coelho
,
meu barquinho,
meu barquinho,
valsando nas ondas do mar,
com a orquestra de carinho,
com a orquestra de carinho,
que exulta ao musicar !
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Secreta
,
eu penso ao contrário,
o que eu faço,
para sentir o vosso apreço !
,
Conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Carla Diacov
,
sombras
delírios ardentes
brasas impulsivas
pêndulos de orgia,
sombras lascívia
espumando amores
feitas poesias.
,
brisas serenas,
,
*

Ana Isabel disse...

..o fado..a saudade..o destino..

Gostei muito.



Abraço amigo


Ana Isabel

poetaeusou . . . disse...

*
Ana Isabel
,
Amiga,
,
o destino
semeia a saudade
nos fados
que nos cinzelam !
,
brisas serenas !
,
*