março 27, 2010

---------------------------- ( divago, eu, em desvario )



escutei
entre a espuma de O'Neill
e o marejar de Oulman,
os plilipares das gaivotas
que inquietas me diziam,
ouve a Amália,
        tem o destino na voz . . .
e o fadário de um Povo
(divago, eu, em desvario)
sina de vagas perdidas
no areal da descrença
incertezas submergindo
nas marés interrogativas
gramática de voz cansada
de ponto e virgula sem nexo
dissipando as palavras
nos verbos suplicantes
por poemas dissolvidos
nas artimanhas estudadas
tentando convencer incautos
que as culpas que eles tramam
são dos vendavais fatalistas !
poema e fotos: poetaeusou

48 comentários:

São disse...

Não és tu que desvarias, companheiro, não!

É quem nos (des)governa e quem nos quer (des)governar!

Valha-nos a poesia e o Sol...

Bom fim de semana.

Baila sem peso disse...

vim num saltinho, porque passeie a correr...vou voltar depois, pode ser?

Um bom fim-de-semana
com solinho a aquecer :)

beijinhos em desvarios, meio vadios

Fá menor disse...

As gaivotas são como os nossos sonhos... voam sempre à volta do peixe que há-de ser o alimento.
E de divagação em divagação
se alcaçnará terra.

Bom fim de semana
Bjos

sonho disse...

Ouve a Amália...mas faz o teu proprio destino...
Bom fim de semana
Beijo d'anjo

Maysha disse...

Neste final de tarde, gostei de ler esta poesia, linda.

Bom fim de semana, amigo Poeta, um beijo de luz
Isa

FlorAlpina disse...

A culpa morreu solteira...
embalada por vendavais...
na praia mesmo á beira...
entre espuma, suspirando aís...

Bjs dos Alpes, com votos de bom domingo...

Baila sem peso disse...

divagas...em desvario
num vendaval de palavra acesa
pão e vinho sobre a mesa
maré de corpo cansado
aos sete mares abraçado...
meu amigo eles não sabem nem sonham
que cada vez que teu poema transpira
dá cor e vida ao destino da gaivota
lê-se sina, que corre no rio da confusão...
se esgotam as culpas e nasce oração
nessa mão onde perfeito bateu o meu coração...:)

Beijinho e bom Domingo
com ares de campeão...ou não?!

(Afinal voltei ainda hoje a tempo
estás em Lisboa a ver o Glorioso?
huummm...`tá a acabar...
não, não `tou a ver...
que faz o coração depressa bater
e depois era mais uma aflição
e já me bastam as que são!);)

Paula disse...

Não resisti quando vi as gaivotas, parece que combinamos, também escolhi gaivotas para a minha nova mensagem. Aliás adoro gaivotas, até porque passam todos os dias aqui à janela do meu quarto e fico a ve-las a voar até às marinhas do sal. Por vezes apetecia-me ser uma delas e acompanhá-las no voo:-)
O teu poema belíssimo acompanhado do fado da Amália e das lindíssimas imagens, deixou-me deslumbrada.
ADOREI!!!!
Beijinhos grandes,
Ana Paula

Luis Eustáquio Soares disse...

devagar, divagar, veloz, aqui, ali e alhures, aonde não se pode ir, no perfume da heresia.
meuabraço,
luis de la mancha

Unknown disse...

Assim é o nosso fado, assim é a Lusitânea... amada e malfada!

Gostei bastante do poema...

Luna disse...

o destino...essa mala cheia de nada que trazemos ao nascer, livro de folhas brancas que a vida há-de escrever, sinas perdidas nas vagas do mar, sonhos como grãos de areia pisados ao caminhar, tempo sedento de tempo, temos de caminhar para chegar ao horizonte que jamais vamos alcançar.

beijos nossos

Em@ disse...

mais palavras para quê?
sou fixada em gaivotas :) fotografias e palavras *****.
bom resto de fds.

vieira calado disse...

Bem bom,

este poema!

Bom resto de fim de semana.

Um abraço.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Belo poema, adorei ler.

Deixo um beijinho

Sonhadora

Sonia Schmorantz disse...

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos. 
Nem tão longe e nem tão perto. 
Na medida mais precisa que eu puder. 
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, 
Da maneira mais discreta que eu souber. 
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar. 
Sem forçar tua vontade. 
Sem falar, quando for hora de calar. 
E sem calar, quando for hora de falar. 
Nem ausente, nem presente por demais. 
Simplesmente, calmamente, ser-te paz. 
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender! 
E por isso eu te suplico paciência. 
Vou encher este teu rosto de lembranças, 
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa

Um domingo de paz e amor junto aos seus!
abraço

poetaeusou . . . disse...

*
São
,
num voo sem rumo
governo
os meus pensamentos,
procurando a rota
e a gaivota
que me ensine
o golpe de asa
acabando com o tormento
que me arrasa .
,
conchinhas domingueiras,
ficam,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Baila sem peso
,
hoje senti o bailado
do sol primaveril
no céu anil
desempoeirado .
,
Conchinhas mareantes
ficam,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Fa menor
,
hoje as gaivotas estavam
belas no seu voar, cruzando
todas as direcções, lembrei-me
das dúvidas de Natália Correia,
sobre as gaivotas:
“ a minha dúvida é só perceber
se vieram do sol ou do mar “
,
amigáveis conchinhas,
*

poetaeusou . . . disse...

*
sonho
,
concordo minha amiga,
embora o destino seja
feito por acasos .
,
brisas serenas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Maysha
,
poemas lidos
ao fim da tarde
são ocasos de acalmia .
,
maresias luzentes, deixo,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
FlorAlpina
,
nem solteira, nem casada,
viúva ou divorciada,
nem sequer amancebada,
a culpa . . . nunca é culpada !
,
conchinhas nocturnas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Baila sem peso
,
não me fales
da Brácara Augusta,
uma bela cidade
de quem gosto muito,
apesar da perseguição,
que me está a fazer, srsrsr,
,
para ti,
,
Olha as gaivotas
colorando versos
perdidos nas vagas
das marés espraiadas
Olha as gaivotas
nas pétalas sonoras
por mim orvalhadas
nas ondas escondidas
Olha as gaivotas
ao sabor dos canteiros
sorvendo os aromas
das floreadas maresias,
,
marés de jinos, deixo,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Ana Paula
,
cem anos que eu viva,
não posso esquecer,
as palavras finas
de sabor a sal
e que vista bela
de forma cabal
aquela janela
virada para as salinas
,
conchinhas, muitas,
,
*

Carmo disse...

Não sei como explicar mas entre mim e as gaivotas existe uma relação intrínseca de prefeito entendimento, admiração e proximidade mas ao mesmo tempo de afastamento de independência de portadoras de notícias de mais além

Bom fim de semana

Beijinhos

Carmo

poetaeusou . . . disse...

*
Luis Eustáquio Soares
,
e devagar
se vai ai longe
do embaraço . . .
,
saudações,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Breizh da Viken
,
ai,
como podes Portugal . . .
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Multiolhares
,
o destino
são meros acasos,
eventualidades tamanhas,
imprevistos voantes,
que pousam ou não . . . em nós
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Em@
,
a Gaivota é amiga do ambiente
limpa a praia, limpa o mar
enriquece o visual, é Bela.
,
Pililipares de luz, deixo,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Vieira Calado
,
gratificado, fiquei,
,
saudações,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Sonhadora
,
Agradeço,
,
sonhadoras conchinhas,
deixo,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Sonia Schmorantz
,
Tenho pensamentos que,
se pudesse revelá-los e
fazê-los viver, acrescentariam
nova luminosidade às estrelas,
nova beleza ao mundo e maior
amor ao coração dos homens
,
In-Fernando Pessoa
,
Conchinhas,
*

Maristella Padão disse...

Senhor poeta!
Você é uma gaivota livre, livre na alma, na escrita, nas palavras.
Vim deixar meu beijinho e desejar um Domingo pleno e feliz.
Sua amiga deste mar.

Mari.

SAM disse...

Nada mais belo que as divagações e desvarios de um poeta..Porque assim também nos leva a divagações e desvarios. E que bom!

Um beijo.

poetaeusou . . . disse...

*
Carmo
,
meus amigos …
e aquele Hino á Alegria !
das gaivotas ritmando
as traineiras acompanhando
em bailados esvoaçantes
emitindo guinchos sonantes
envolvidas em solfejos
a toda á Nazaré gritando
estamos anunciar vida,
com esta sardinha querida,
em acrobacias voando.
,
Conchinhas
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Mari
,
liberdade, é o Hino,
de quem resiste . . .
,
conchinhas, domingueiras
deixo.
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
SAM
,
Amiga,
,
divago
nas franjas da alegria
procuras ampliadas,
transportando desvarios,
entre o nada e a ilusão.
,
conchinhas floridas,
deixo,
,
*

Agulheta disse...

Amigo Poeta. É nas palavras tuas de O'Neill, Oulman,importa sim que elas foram a poesia escrita,que gostei de ler,onde o mar baila com elas.
Beijinho
Lisa

Lilá(s) disse...

E assim vamos vivendo, valha-nos a poesia.
BJs

poetaeusou . . . disse...

*
Agulheta
,
a poesia
transcende
a dimensão do mar
,
conchinhas nocturnas .
*

poetaeusou . . . disse...

*
Lilá(s)
,
que remédio, amiga,
que remédio !
,
brisas serenas, ficam,
,
*

_Sentido!... disse...

...Acredito que em desvario, sim... e quem não anda em desvario, Poeta?!

Gostei muito do teu poema, não apenas pela sua construção mas também por todas as mensagens que contem.

Beijinho amigo

Cândida Ribeiro disse...

amigo,

escutaste bem...
não são desvarios!
mas, o sol da Primavera
e a voz da amália
fazem-me sorrir e
sonhar.

sorrisos te deixo

MS disse...

... já tinha saudades de ouvir falar de O'Neill! Poeta quase maldito, dir-se-ia!
Que isto das literaturas, também é de 'destinos'...

As fotografias lindas! O poetar sempre sensível... aos outros!

Nem sei como agradecer a linda quadra! Me encantou!

Ana disse...

Gaivotas! Adoro vê-las na minha encosta !
Poema com sabor a mar !
Um beijo.

poetaeusou . . . disse...

*
Delirius
,
os meus desvarios
são ondas vadias
vestidas de ímpetos
perpetuando o sal
nas noites de insónias .
,
conchinhas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Canduxa
,
quando me cruzo
com o teu olhar
sinto no ar
que o mar se retrai
só para ver
todo o enleio
que do meu querer sai .
,
brisas serenas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Miosotis
,
computai, computai a nossa falha
sem perfurar demais vossa memória,
que nós fomos pràqui uma gentalha
a fazer passamanes com a história;
que nós fomos (fatal necessidade!)
quadrúmanos da vossa humanidade.
,
in - Alexandre O'Neill
,
conchinhas coloridas,
,
*

poetaeusou . . . disse...

*
Ana
,
as gaivotas
em rasantes voos
esculpem poemas
com o cinzel das palavras ,
burilando os verbos,
na encosta dos ventos . . .
,
conchinhas mareantes,
,
*