setembro 29, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> cobiça<<<<<<<<<<<<


Nostalgia

meu olhar de fantasia
delira quando tu passas
sofrendo descargas de êxtases
deleitando os meus sentidos,
este estado de ansiedade
é cobiça sem retorno
tem a forma de presente
que tu não queres aceitar.

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setembro 25, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>bálsamos floridos<<<<<<<<<


sereno marulhar

há hábitos em mim
que de ti vieram
através do hálito
dos teus arroubos,
lembrados assopros
dos aromas trazidos
em perfumados bafos,
fragrâncias esquisitas
entranhando odores
de consagrados cheiros.
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setembro 20, 2009

>>>>>>>>>>>>>>> ardilosos esboços <<<<<<<<<


trabalho é . . . pão

sinto no ar
os socalcos do Outono
trazidos nas aragens
de propalados Estios,
ardilosos esboços
entroncam as mentiras
nas folhas rapadas
das sugadas ramagens
hibernando a seiva
há muito estagnada
que espera pelo engenho
regenerador da dignidade.

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setembro 16, 2009

>>>>>>>>>>>>despertando arrojos<<<<<<<<<<<


neblinas de iodo

o quebrar das vagas
são sinais de morse
faróis tacteados
arremessando sons,
são redes revoltas
cercando mensagens
ventos decifrados
despertando arrojos,
impulsos prematuros
nascidos antes do tempo
que esperam espremidos
no relento dos teus olhos.
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setembro 13, 2009

>>>>>>>>>>>>>>>>>> porquê ? <<<<<<<<<<<<


detalhes

porque imitas
o horizonte mutável
alterando a fronteira
que eu quero atingir ?
porque não limas
as arestas da indiferença
alimentando a inércia
que sinto quando te vejo ?
porque aceitas
os poemas que te faço
se rasgas todas as folhas
do livro da nossa vida ?
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setembro 10, 2009

>>>>>>>>>>>>>sensações afogueadas<<<<<<<<


deixem-me entardecer o . . . Mar

os teus olhos
são enleios refulgentes
entardeceres decantados
entranhando o breu da noite
são braseiros á deriva
no ocaso tresmalhados
sensações afogueadas
nas acrobáticas fagulhas
esculpindo a dança do fogo
entre explosões de loucura.

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setembro 07, 2009

>>>>>>>>>>>> fui um corpo estranho <<<<<<<<<


quebradas angustias . . .

perdoa-me mar
o meu desrespeito,
sinto o desabrigo de ter sido insano
na violação dos teus rituais,
fui um corpo estranho
que seguiu ao sabor
de desconexos ventos
que traíram a nossa amizade,
profanei a fronteira das tuas angustias
tantas vezes por ti cochichadas
ignorando os odores da revolta
nos vincados poros das aragens,
espasmos desvirtuados
das quebradiças espumas
em que as vagas da sofreguidão
nas marés de intemporal beleza
serão sempre o ancoradouro
dos meus insaciados descontrolos.
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setembro 04, 2009

>>>>>>>>>>>>>poemas estivais ( 9 )<<<<<<<<<<


30-08 ás 14,37 h, Mar porque me ameaças-te ? que mal fiz ?

as tuas palavras
são gestos vertidos
água fugidia
das fontes sonoras,
são mutismos falantes
vozes engolidas
esmagando os ecos
nos ventos calados,
são suplicas sumidas
vestidas de afectos
abraços espremidos
boicoteando as noites.

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